quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Lorenzato



Amadeo Luciano Lorenzato (Belo Horizonte, 1 de janeiro de 1900 — Belo Horizonte, 1995) foi um pintor e escultor ítalo-brasileiro.

Vida
É considerado uma das maiores personalidades das artes visuais de Minas Gerais.
Filho de imigrantes italianos, foi educado na capital mineira, tendo estudado na Escola Dante Alighieri, da Casa da Itália, um grêmio cultural dos imigrantes da capital, e no Grupo Escolar Silviano Brandão.[1]
Pintou paredes após instruções de Américo Grande e foi ajudante de Caminho Caminhas, o único empreiteiro atuante na área de pintura.[1]
Em 1920, a família Lorenzato retornou à Itália em fuga contra a gripe espanhola.[1]
Em 1925, já estava ligado à Real Academia de Arte, em Arsiero, localidade próxima de Vicenza.[1]
Em 1926, em Roma, foi influenciado pelo pintor e caricaturista holandês Cornelius Keesman, companheiro de pinturas de paisagens e visitas a igrejas e palácios.[1]
Lorenzato ainda esteve em diversas partes da Itália, tendo viajado de bicicleta pelo Leste Europeu, e passado por Paris.[1]
Em 1948, durante a Segunda Guerra, voltou ao Brasil e se instalou no Rio de Janeiro, onde foi empregado do Hotel Quitandinha. As economias garantiram o retornou da esposa, Emma Casprini, e do filho do casal.[1]
Em 1950, retornou a Belo Horizonte, onde passou a trabalhar na construção civil. O ofício continuou até 1956, quando teve uma perna fraturada. A partir daí, desenvolveu suas pinturas em tela, conhecidas apenas pelos familiares até 1964.[1]
Em 1967, aconteceu a primeira exposição individual do artista no Minas Tênis Clube, organizada por Palhano Júnior, crítico e jornalista.[

Carreira
Autodidata, não se ligou a escolas, mas, ainda assim, teve admiradores como escultor Amilcar de Castro e Marcos Coelho Benjamim.[1]
O legado deixado pelo artista é formado por dezenas de quadros que retratam a paisagem de bairros populares.[1]
Amadeo Lorenzato artista foi homenageado em diversas ocasiões, como ao emprestar nome a uma praça do Bairro Olhos d'Água, em Belo Horizonte.[1]
A contribuição artística de Lorenzato também compõe um livro da professora Maria Angelica Melendi.[