quarta-feira, 18 de setembro de 2013

FREI CLÁUDIO





Reinado do Tempo (Frei Cláudio - 01/01/2013)


Por ser tão familiar, o tempo é uma incógnita.
Quem teme o amanhã,  faz do tempo um refúgio.
Entre os que morrem cansados, muitos sofreram o tempo.

Morar no tempo é despedida permanente.
Quando objeto de posse, o tempo é mal aproveitado.
Tempo é saudável graças ao esforço de aprender.

Quem mais tempo tem, facilmente o desvaloriza.
Atrelados ao passado, descuidamos do futuro.
Tempo de preguiçoso se torna prejudicial.

Tempo curto ou longo retrata o modo de lidar.
Investir bem o tempo exige responsabilidade.
Tempo é moeda que merece todo respeito.

Tempo impera ao produzir bons frutos.
Tempo vale mais que todo objeto de posse.
Tempo foge quando envolvido por preguiça.

Tempo é riqueza maior que dá valor a tudo.
É graças ao tempo que amadurecemos.
Tempo se enobrece por trabalho e repouso.

Tempo é dom dos dons quando bem investido.
Nobreza do tempo: nele, o divino se humaniza.





Felicidade ( Frei Cláudio )

Felicidade não é plenitude
nem alegria constante;
é passagem com finitude,
temporalidade mutante.

Há transfiguração segura,
porém a desilusão impera.
Só alegre retidão perdura
no coração que, feliz, espera.

Felicidade, o povo a elogia,
por ser bom um momento.
A duração é sempre fugidia,
passageiro é o sentimento.

Por que, então, me preocupar,
se a vida se faz terapia?
A mim o dever de serenar;
paz e bem - minha alegria.






Vida - Ondulação ( Frei Cláudio )

Se, sopro, do infinito vim,
leveza é meu ser sem fim.
Pouco eu trouxe, muito levarei;
a serviço do Todo, sempre estarei.

Se o divino me aciona,
o humano me direciona.
A vida agora me conduz,
em tudo um sentido reluz.

Em meu existir - mistério,
há graça - refrigério.
Como está, nada permanece,
tudo se move, coração aquece.

Em natureza e pessoa,
"tudo muda", assim ecoa.
Fé, coragem, valentia;
"viver - mudar" é alegria.

Gratuidade, valor me traz,
convidado viverei em paz.