segunda-feira, 16 de agosto de 2010

"Quando uma porta se fecha outra se abre; mas nós frequentemente ficamos tanto tempo olhando a que se fechou que acabamos por não ver aquela que se abriu."
Graham Bell

domingo, 15 de agosto de 2010

RETRATOS

"Retratos



Não tenho um retrato em criança, que não seja com a cara mais emburrada do mundo, e como se fosse avançar no fotógrafo.

Fotografia, para mim, era sinônimo de martírio.

Minha mãe me ataviava tanto para as mesmas, que era um horror.

Ia enfeitada da cabeça aos pés. Cheia de cordões de ouro, pulseiras, berloques e até de leques.

Ah, o martírio dos leques! O fotógrafo custava a achar uma posição para os mesmos. Ora fechados, ora meio abertos, inclinados para a frente, para traz, mas, sempre um leque. Nunca entendi a razão daquele entecamento. Só sei, que apesar da minha pouca idade, tinha bem a noção do ridículo daqueles descabidos arranjos.

Quando surgia lá em casa a ideia de fotografia, começava o sofrimento e "burro". Tudo isto, ainda agravado por uma tremenda vaia, que levei dos meninos Filizzola, quando da última fotrogafia, me aterrava. Mas, volta e meia, lá ia eu para o martirio.

Nenhum condenado à morte iria mais triste do que eu, para aquelas pomposas, ridiculas e incriveis fotografias.

DOMINGO

Adoro Domingo!
Dia de não ter hora pra acordar.
De tomar café da manhã e almoçar junto com marido e filhos.
De ir na casa dos pais e sogros.
De tomar lanche na casa de cada um deles.
De engordar com todas aquelas guloseimas.
De encontrar irmãos, cunhados e sobrinhos.
Dia de passear!
Dia oficial de escrever no meu blog.
Dia oficial de entrar no facebook.
Hum!!!!
Dia oficial de não ter nenhuma obrigação!
Adoro Domingo!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

A menina da toalhinha (Fazenda do Peixe Bravo)

Esta é uma das diversas histórias que vovó escreveu em seu caderno de recordações:


A MENINA DA TOALHINHA (Fazenda do Peixe Bravo)

"Todos já a tinham visto na velha fazenda. Assim, minha mãe, cuja imaginação era fértil, contava.
Andava correndo, pelos longos corredores, pela sala de jantar, onde muitos a viam, perto do pote d'água.
Parecia ter roldanas nos pés, tão de leve caminhava.
Ninguém jamais a vira de frente, era sempre pelas costas, com uma pequena e alva toalha jogada na cabeça.
Uma luz estranha a iluminava.
Ninguém lhe tinha medo. Era familiar, chamavam-lhe "a menina da toalhinha".
A única pessoa na fazenda que ainda não tinha tido o privilégio de vê-la era "Didinha Aninha", velha agregada, que vivia a cerzir roupas e a acompanhar as moças nos passeios pelos campos. Morria de inveja e até de um certo despeito, por ser a exceção das aparições.
E um dia afinal, "Didinha Aninha" acordou com um grande clarão no quarto.
Extremunhada, não divisou logo o que era aquilo, mas firmando os olhos percebeu nitidamente a visão tão sonhada - ali estava junto de seu leito, de frente sorrindo - "a menina da toalhinha".
No primeiro momento ficou atordoada.
Depois mais calma, perguntou-lhe quem era, e porque andava assim pela fazenda.
Ela respondeu-lhe, que havia sido escrava, e como tal, roubara um dedal de ouro da antiga "Sinhá", razão pela qual andava penando. Morrera aos 13 anos, sem confessar esse pecado.
Pediu-lhe que mandasse avaliar o preço de um dedal desse metal, e o dinheiro assim obtido, empregasse em missas por sua alma.
"Dindinha Aninha" apressou-se em cumprir o que ela pedira, e desde então, ninguém mais a viu."

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Filhos

"Teus filhos não são teus filhos,

São filhos e filhas da vida,

Desejosa de si mesma.

Não vêm de ti mas através de ti

E embora estejam contigo, não te pertencem

Pode dar-lhes teu amor

Mas não teus pensamentos,

Pois eles têm os própios pensamentos.

Podes abrigar seus corpos

Mas não suas almas, porque elas

Vivem na casa do amanhã,

Que não podes visitar

Nem sequer em sonhos.

Podes esforçar-te em ser como eles,

Mas não procures faze-los

Semelhantes a ti

Porque a vida não retrocede,

Nem se detem no ontem.

Tu és o arco do qual teus filhos,

Como flexas vivas, são lançados.

Deixa que a inclinação em

tua mão de arqueiro

seja para a alegria...."

Kahlil Gibran



Como mãe, sei que meus filhos ainda estão comigo, mas sei também que um dia vão seguir seus próprios caminhos .

Mas, nem por isso, meu coração deixa de ficar apertado ao lembrar que daqui a poucos dias, meu filho vai de intercâmbio, para os Estados Unidos. Ele tem dezesseis anos, mas continua sendo muito novo e inexperiente (pelo menos para mim).

É verdade! Só o que podemos dar a nossos filhos é muito amor, e ensinar-lhes a serem honestos, responsáveis e íntegros.

Eles têm seus próprios pensamentos e vontades. E irão construir a própria vida.

E nós, pais, somos apenas os intermediários nesse processo.



segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Bom dia!





"Nenhum homem é uma ilha isolada, cada homem é uma partícula do continente, uma parte da TERRA; se um torrão é arrastado para o MAR, a EUROPA fica diminuida, como se fosse um promontório, como se fosse o SOLAR de teus amigos ou o teu PRÓPRIO; a MORTE de qualquer homem ME diminui, porque sou parte do GENERO HUMANO.


E por isso não perguntes por quem os SINOS dobram; eles dobram por ti"


John Donne